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quinta-feira, 3 de maio de 2012

História da Feira do Japão (Brasil- Bahia- Salvador- Liberdade)


Por Diana Costa
Historiadora, Militante do Movimento Negro e Movimento de Mulheres Negras

Numa das transversais da Av. Lima e Silva, localiza-se a Feira do Japão. Uma placa azul com o nome da feira marca o seu início. Em 1957, um grupo de japoneses chegou ao bairro, instalaram-se inicialmente na Rua Gonçalo Coelho no 2º largo, daí que surge o nome Largo do Japão. Esses imigrantes vendiam frutas, verduras, carnes, peixes e cereais. Nesse local armavam suas bancadas de madeira lembrando muito as feiras medievais. Alguns moradores antigos fazem a ligação do nome devido aos primeiros mercadores terem sido japoneses e também ao fato de ser longe de alguns bairros, dando alusão à longitude do país Japão.


 A Feira é um mercado informal e aos poucos o comércio foi se expandindo, surgiram novos comerciantes. Hoje quase 60 anos após seu surgimento a feira possui uma variedade de produtos, como frutas, verduras, frutos do mar, carnes e temperos, de boa qualidade e preço mais acessível do que o dos supermercados, além da facilidade por ser próxima às residências do bairro. 



Existe uma ligação muito boa economicamente com a comunidade, gerando empregos para os moradores, como também fomentando ações sociais. Alguns comerciantes fazem doações de frutas e verduras para lares de idosos e em viadutos da cidade.

Em 2003, a prefeitura padronizou todos os feirantes, mas não teve seguimento, falta incentivo público para que tenha a organização que um patrimônio cultural como este precisa, por que mesmo sendo de pequeno porte, a mesma possui uma estrutura gigantesca, pois acolhe mercadores das ilhas, das cidades vizinhas e do subúrbio ferroviário.



Em setembro de 2007, devido à falta de higiene na comercialização a feira sofreu uma apreensão de carnes pela vigilância sanitária. Atualmente a feira é limpa todos os dias, os garis recolhem os lixos e o carro pipa toda noite lava a rua com detergente. 

Na Feira do Japão, há também espaço para o comércio de artigos de candomblé e umbanda, religiões bastante difundidas entre a população do bairro. Encontra-se quitandas de folhas sagradas e artigos da cultura afro-brasileira como berimbau, vasos de cerâmica e artigos de palha.


6 comentários:

  1. show!!!!!! grande inciativa,acredito que agora, não só a feira do japão ,outras feiras serão vista com outros olhos. valeu Diana , abração !!!!!!!

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  2. Boa noite! Gostaria de dialogar com vc Diana, pq vou fazer tcc e preciso saber a historia da feira livre do Japão. Ou seja, como surgiu? Tudo sobre ela.

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  3. Bom dia Diana,estou fazendo um trabalho (tcc)sobre a feira do Japão gostei muito dessa história.Você teria mais conteúdo?Desde já,obrigado!

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  4. Jamil 15 de setembro 2019 gostaria muito de rever fotos dos gorotos que trabalhava na feira com seu carrinho de rolimã carregando compras dos fregueses kkk eu fui um deles.

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  5. É muito gratificante ver pessoas que querem dar andamento a essa pesquisa que foi iniciada por minha prima Diana, inclusive eu também estou com projeto de TCC na pós com esse tema da feira do japão, agradeço a todos, mas lamento informar que Diana faleceu no mês de dezembro do mesmo ano em que foi publicada essa matéria 2012 aos 34 anos co problema de saúde. Só estou postando por ver que algumas pessoas fizeram perguntas sobre o tema.
    Um abraço a todos

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